O Exército do Chile, em uma atitude inédita, revelou na noite de
quarta-feira, em um encontro de ufólogos, uma série de visões e
encontros de seus pilotos militares com objetos voadores
não-identificados (óvnis).
O capitão Rodrigo Bravo, com a
autorização do comandante-em-chefe do Exército, participou de um evento
internacional sobre o assunto, realizado na cidade balneária de Viña
del Mar. No encontro, Bravo disse ter vivido experiências "espetaculares"
em diferentes locais do Chile. O capitão exibiu vídeos e mostrou
fotografias na reunião, além de ter relatado as experiências de vários
pilotos de sua instituição com óvnis nos últimos dez anos.
O
Chile, com 15,5 milhões de habitantes, é considerado o quinto país do
mundo com o maior número de óvnis avistados, depois de Estados Unidos,
Peru, Brasil e Rússia. Neste país, especialmente na região norte, foram
relatados nos últimos 60 anos mais de 600 visões.
Esta região protagonizou casos considerados surpreendentes, inclusive um contato de "terceiro grau"
com um extraterrestre. Segundo o oficial do Exército, em 2 de abril de
1997, no aeroporto de Chacalluta da cidade de Arica, 2.050 quilômetros
ao norte do Chile, um piloto de um Caça T 212 observou no ar, por nove
minutos, um objeto grande de cor alaranjada.
Outro incidente com
estas características ocorreu no início de 2000 na região dos Lagos
(sul), quando três helicópteros militares voavam em plena luz do dia. "Seus
tripulantes observaram um objeto pousado no solo que subiu
repentinamente até a altura das naves, colocando-se na frente deles,
quase em uma rota de colisão", disse o capitão Bravo para o público que lotou o Teatro Municipal de Viña del Mar.
O
militar acrescentou que, após fazer movimentos de ziguezague, o óvni
desapareceu em grande velocidade. Em 18 de março do mesmo ano, na
localidade de Graneros, aproximadamente 70 quilômetros ao sul de
Santiago, os passageiros de um avião militar disseram ter visto um
objeto grande cor de chumbo que desapareceu em grande velocidade após
voar lado a lado com o aparelho.
"Todos estes casos estão
certificados pelo Comitê de Estudos de Fenômenos Aéreos Anômalos
(Ceffa), da Direção de Aeronáutica Civil, o mais adequado do Chile para
este tipo de pesquisas", afirmou o oficial do Exército.
Rodrigo
Fuenzalida, diretor do Agrupamento de Pesquisas Ovniológicas do Chile
(Aion), disse à Efe que contar com a colaboração do Exército é um
exemplo de maturidade da "instituição, que soube abrir seus arquivos para que sejam submetidos a estudos sérios".
Fuenzalida acrescentou que agora só falta o governo assumir uma atitude
semelhante e apoiar a abertura destes arquivos, como ocorreu no Brasil.
Avistar óvnis "não é novidade".
Os especialistas afirmam que 60 milhões de pessoas no mundo já
testemunharam este fenômeno, apesar de, com medo de fazer papel de
tolas, apenas 10% destas experiências serem relatadas.
Fontehttp://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI1398825-EI8140,00.html