Suad Hamzić tem compartilhado suas lembranças como ex-piloto de jatos do Exército Iugoslavo, no site
Tango Six,
que é especializado em relatos sobre a Força Aérea da Sérbia. Em seu
mais recente capítulo ele escreve sobre sua crença em OVNIs, e
compartilha os encontros pessoais que o convenceram da existência desses
objetos.
Hamzić possui um histórico único. Antes de se tornar piloto de jatos
ele ingressou na Academia da Força Aérea Iugoslava e no corpo docente
universitário da RAF na Grã-Bretanha. Em 1980, ele foi para os Estados
Unidos, onde trabalhou avaliando os caças F-5. De 1986 a 1990, ele
serviu como adido militar nas forças armadas da República Federal
Socialista da Iugoslávia, na Turquia. Então, ele se aposentou como
coronel em 1993.
Hamzić começa seu mais recente relato comentando sobre o quão popular o
tópico OVNI pode ser, e como as pessoas relutantes podem agir quando
escrevem sobre o tema. Ele diz que as autoridades são “geralmente contidas, incompletas, vagas e misteriosas, o que complica ainda mais qualquer debate racional sobre os OVNIs“.
Porém, ele diz que as autoridades no exército, e em particular na força
aérea, não podem ignorar que ‘algo’ existe, porque muitos de seus mais
avançados caças a jato não têm sido capazes de ‘competir’ com os objetos
não identificados. Ele diz que quanto era piloto de caças, estes
encontros aconteciam de forma repetitiva sobre o sul do Mar Adriático.
Ele também diz que há muitos relatos feitos por pessoas de grande
credibilidade. Junto com suas próprias experiências pessoais, estas são
as razões porque Hamzić diz estar convencido de que “eles não são fenômenos ópticos, ficção, alucinações, ou coisas similares“.
Seu primeiro encontro com um OVNI foi na primavera de 1972, no começo
da tarde. Ele estava voando um Mig-21, num voo de reconhecimento
rotineiro, na região de Delcina. O jato tinha dois assentos e na parte
traseira estava o Capitão Stipić Dušan. Ao decolarem, lhes foi pedido
que averiguassem algo. Quando voaram até as coordenadas, eles viram um
objeto muito luminoso.
Hamzić não pôde determinar a altitude do objeto, mas sabia que estava
muito mais alto do que eles. Devido ao fato desse ser um voo de
reconhecimento, eles não estavam equipados com o equipamento apropriado
para voar à grande altitude, ou à uma velocidade maior do que Mach 1,6
(velocidade do som).
O piloto começou a subir para dar uma olhada no objeto, o qual ficava
cada vez maior à medida que se aproximavam. Ele ganhou altitude à
velocidade de Mach 1,4 e alcançaram 13.000 metros, mas ainda não podiam
ter certeza da altitude do OVNI.
Logo então, o objeto disparou para o oeste, diminuindo seu tamanho e
luminosidade, então desaparecendo. Hamzić diz que o que lhe
impressionou foi que a nave deveria ter se movido entre 4.000 e 6000
km/k.
Hamzić disse que ele e Stipić falaram sobre o avistamento por algum
tempo, mas não discutiram o evento com ninguém mais. Nem mesmo com seus
colegas. Eles não fizeram um relatório oficial e consideraram o evento
somente como parte de seus trabalhos.
Alguns meses mais tarde, num lindo dia de verão, Hamzić teve seu
segundo avistamento. Ele estava aproveitando o dia, deitado num banco
de praça, olhando para o céu, e o local estava repleto de pilotos,
técnicos e outros membros do Esquadrão de Reconhecimento.
Então, ele notou um objeto arredondado e prateado sobre uma das
pistas de pouso. Ele pensou que era cedo demais para lançarem balões
climáticos, mas ainda assim presumiu que seria um. Ele percebeu que o
objeto estava subindo, como deveria, mas de repente viu que não era um
balão e gritou para todo mundo ver.
Todos olharam para cima e algumas das pessoas fizeram piadas sobre
alienígenas. Ele diz que a maioria das pessoas não prestaram muita a
atenção, mas algumas continuaram a olhar para o objeto. Este permaneceu
pairado no ar. Então, de forma similar ao que tinha acontecido alguns
meses antes, o objeto começou a se mover para o oeste e disparou, sendo
perdido de vista.
As poucas pessoas que estavam observando o objeto olharam uns aos
outros intrigado, mas havia pouco a ser dito. Hamzić diz que, logo
depois, exatamente na hora devida, um balão meteorológico foi liberado e
este subiu ao céu como deveria.
Seu terceiro encontro foi no final de 1973, ou no começo de 1974.
Ele não pôde precisar a data. Foi durante um voo noturno de
treinamento. Após o treinamento perguntaram se ele tinha combustível
suficiente para averiguar algo. Ele disse que sim e quando chegou nas
coordenadas viu uma luz muito brilhante. Primeiramente ele pensou se
tratar de uma aeronave comercial, mas após examinar o objeto, mudou de
opinião. Ele diz que a luz mudou de cor entre verde claro, amarelo e
levemente púrpura. Então ele a perdeu de vista nas nuvens. Novamente,
ele diz que ninguém quis falar a respeito do que foi visto.
Hamzić relata que desde que deixou o Exército ele teve outros
avistamentos. Ele ainda relembra estranhas luzes em duas ocasiões, uma
vez em 2008 e outra em 2011. Todas as vezes ele assistia as notícias
para descobrir se outras pessoas tinham visto as luzes, mas os
avistamentos nunca eram mencionados. Era como se nunca tivesse ocorrido.