Este reconhecido escritor, em algum momento de sua vida, falou sobre o tema dos OVNIs. Abaixo uma coluna publicada em 2010 no periódico ‘El Gráfico‘ pelo repórter estudioso do fenômeno dos OVNIs, Yohanan Diaz:
Em quantas ocasiões, ao falar sobre o tema OVNI as pessoas desenham um sorriso debochado, já que consideram isso um tema pouco sério, embora agora são os governos que estão dando notícias sobre o fenômeno. Outra área é o mundo dos intelectuais, que se atreveu a falar sobre este tópico, e este é o caso do ganhador do Premio Nobel de Literatura 1982, autor de “Cien años de soledad”, Gabriel García Márquez, de quem o investigador argentino Jorge Suárez, em seu blog ‘Alternativa Extraterrestre’, publicou uma entrevista realizada sobre os objetos voadores não identificados, na versão digital do jornal ‘El Tiempo de Colombia’, reproduzida abaixo:
-Qual é a sua opinião sobre os OVNIs?
- A minha opinião sobre os OVNIs é de sentido comum: creio que são naves procedentes de outros planetas, mas cujo destino não é a Terra.
- Crê na possibilidade da existência de vida em outros planetas?- É comovedora a soberba dos que afirmam que nosso planeta é o único habitado. Creio melhor que somos algo assim como uma aldeia perdida na província menos interessante do Universo, e que os discos luminosos que vemos passar na noite pelos séculos nos enxergam assim como enxergamos as galinhas.- De onde crê que eles vêm e quem os pilota?
- Os OVNIs devem ser tripulados por seres cujo ciclo biológico é desproporcionalmente mais amplo e frutífero do que o nosso. Não se ocupam conosco porque acabaram de nos estudar há milhares de anos, quando fizeram as últimas explorações do Universo, e não só sabem de nós muito mais do que nós mesmos, mas também conhecem inclusive o nosso destino. Na verdade, a Terra deve ser para eles uma ilha de emergência utilizada para os reveses da navegação espacial.
- Crê que é informado sobre o tema ao público de forma devida?
- Não creio que haja uma conspiração das grandes potências para ocultarmos a verdade. Isto seria atribuir aos donos do mundo mais inteligência do que eles possuem.
- A quem atribui esta persistência de alguns cientista em negar, não há a possibilidade de que existam naves extraterrestres, como também o fenômeno?
- O que ocorre é que a humanidade não soube merecer a sabedoria dos alquimistas, que consideravam o laboratório como uma simples cozinha da clarividência, e agora estamos a mercê de uma ciência reacionária cujo dogmatismo grosseiro não admite as evidências que não forem entregues dentro de um frasco. São cientistas regressivos que negam a existência dos marcianos porque não os podem ver, sem sequer perguntar-se se os marcianos não seriam os micróbios que nos fazem a guerra dentro do corpo.
Enquanto a ciência é experimental – e não clarividente, como foi na alquimia e como só pode ser a poesia em nosso tempos – a humanidade seguirá sendo parte do reino dos crustáceos. Seguiremos vendo com a boca aberta a esses discos luminosos que já eram familiares nas noites da Bíblia, e seguiremos negando sua existência, embora seus tripulantes se sentam para almoçar conosco, como ocorreu tantas vezes no passado, porque somos os habitantes do planeta mais provinciano, reacionário e atrasado do Universo.